terça-feira, 13 de outubro de 2015

REVIVAL (Stephen King)

Sou um tanto suspeita para falar a respeito de escritores de terror. Embora eu não aprecie a chamada ficção científica, quando se trata de escritores de terror, invocar aspectos relacionados ao tema é perdoável e muitas vezes necessário. Aqui me deparei com a eletricidade, com energia bruta e com um enredo que remete, como sempre nas obras de King, ao humano, ou melhor, ao visceral. A necessidade humana de descortinar o depois, o futuro, de se apossar de conhecimentos que ultrapassam a morte, é a tônica do livro. Acredito que o que mais me chama a atenção na escrita de Stephen King é justamente o fato de trabalhar com anseios tão humanos, com medos tão conhecidos, os esqueletos no armário, o monstro debaixo da cama, o fantasma atrás da cortina... Os desfechos de seus livros são para mim como as cerejas do bolo, um recado subliminar no estilo "talvez seja melhor continuar na ignorância". Naturalmente que, para mim, há livros dele que superam, e muito, este aqui. Mas... para os fãs do gênero não será tempo perdido, com certeza.
SINOPSE: Em uma cidadezinha na Nova Inglaterra, mais de meio século atrás, uma sombra recai sobre um menino que brinca com seus soldadinhos de plástico no quintal. Jamie Morton olha para o alto e vê a figura impressionante do novo pastor. O reverendo Charles Jacobs, junto com a bela esposa e o filho, chegam para reacender a fé local. Homens e meninos, mulheres e garotas, todos ficam encantados pela família perfeita e os sermões contagiantes.
Jamie e o reverendo passam a compartilhar um elo ainda mais forte, baseado em uma obsessão secreta. Até que uma desgraça atinge Jacobs e o faz ser banido da cidade.
Décadas depois, Jamie carrega seus próprios demônios. Integrante de uma banda que vive na estrada, ele leva uma vida nômade no mais puro estilo sexo, drogas e rock and roll, fugindo da própria tragédia familiar. Agora, com trinta e poucos anos, viciado em heroína, perdido, desesperado, Jamie reencontra o antigo pastor. O elo que os unia se transforma em um pacto que assustaria até o diabo, com sérias consequências para os dois, e Jamie percebe que “reviver” pode adquirir vários significados.

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