segunda-feira, 28 de abril de 2014

SASHENKA (Simon Sebag Montefiore)

Uma bela saga russa, de uma época pavorosa, onde o comunismo imperou. Stalin e seu "rebanho" de paranóicos, de assassinos frios travestidos de grandes autoridades, dizimou com milhares de familias russas. E é nessa época, onde o poder se concentrou em mãos desvairadas, que se desenvolve a história de Sashenka. Interessante conhecer um pouco mais desse regime destrutivo e caminhar pela burocracia insana desse período da história. Para mim a narrativa passou a ser mais fluida a partir do meio do livro, mas todo ele mostra ao leitor, com riqueza de detalhes, o período stanilista. Sashenka aderiu ao regime vigente naquela época e o que nos é retratado vai desde o favoritismo e as mordomias com que eram brindados os adeptos do sistema, até a completa degradação dos que caiam em desgraça e eram acusados de inimigos do povo. De um momento para o outro qualquer um estava sujeito à perda do poder por motivos os mais bizarros, perdendo seus direitos de cidadão e, na maioria das vezes, recebendo a pena de fuzilamento.
SINOPSE:  Sashenka Zeitlin tem só 16 anos e já pressente que seu mundo está para se transformar por completo. Nascida numa família burguesa, bem-relacionada com o regime do tsar Nicolau II, ela, a exemplo de seu tio Mendel, se converteu ao bolchevismo, que, no ano de 1916, está prestes a tomar a Rússia de assalto.
Enquanto sua mãe frequenta os aposentos íntimos do sombrio Rasputin, Sashenka trabalha em segredo para os líderes do que se tornará o Partido Comunista da União Soviética. Mais de vinte anos depois, a "ditadura do proletariado" é uma instituição e, como no tempo dos tsares, a nação continua a ter uma casta de privilegiados. Sashenka é novamente parte dela: funcionária do partido, casada com um de seus líderes em ascensão e mãe de dois filhos.
Como no passado, seu espírito inquieto, agora motivado por um caso amoroso, a levará a se colocar na contramão do poder. Logo ela e o marido cairão em desgraça, o que, sob o terror do estado stalinista, equivale a uma sentença de morte. Para garantir que a mesma sentença não se abata sobre seus filhos, Sashenka precisará fazer escolhas dolorosas.

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