segunda-feira, 8 de abril de 2013

TIM (Colleen McCullough)

Trata-se de uma bonita e dificil história. Um relacionamento bastante complicado entre uma senhora de 40 anos e um rapaz de 25 anos, que sofre retardo mental. Na realidade, por conta da situação do rapaz, o relacionamento é bem simples, do tipo pão-pão queijo-queijo, complicado mesmo são as implicações desse relacionamento, o preconceito e o desconforto que ocasionam. Uma interessante maneira de olhar e, para o leitor atento, um bonito aprendizado.
SINOPSE:  Artamon, bairro de classe média em Sidnei, Austrália. Mary Horton, solteirona, na casa dos quarenta. Rica, porém simples e solitária, acredita não necessitar de amigos, tampouco de um amor. Vive bastante satisfeita em seu confortável lar com um amplo jardim e um imponente Bentley estacionado na garagem. Sem contar a casa de praia, que adquiriu com o fruto do seu trabalho e dos investimentos realizados. A literatura e a música ajudam-na a preencher a solidão. Mary não aspira a coisas que não conheceu. Tim Melville, vinte e cinco anos, operário inexperiente, filho de Ron e Esme Melville, que o receberam como uma dádiva para o seu tardio casamento. Tem o rosto, o corpo e a graça de um deus grego. Embora belíssimo, está longe de possuir um intelecto em harmonia com o físico deslumbrante. Todavia, Ron e Esme, operários simplórios, pessoas sensatas e sem ambição, o amam pelo que ele é. O casal o preparou para viver segundo as suas possibilidades. Tim é um sujeito insignificante que trabalha na construção, infatigável e bem mais esforçado do que os companheiros. Os dias de trabalho pesado e os fins de semana são passados com o pai num bar; as noites em casa, ao lado da família assistindo à televisão. Para ele, uma vida segura e tranquila. Tim é tão maravilhoso de se admirar que Mary Horton não consegue acreditar nos próprios olhos ao vê-lo, pela primeira vez, trabalhando na reforma da casa ao lado. A vizinha, pessoa franca e de bom coração, foi quem a alertou tanto para a doçura quanto para as graves limitações do rapaz. Mesmo assim, Mary o contrata para trabalhar como seu jardineiro nos fins de semana e descobre que, usando apenas um pouco de delicadeza, é possível extrair tudo do rapaz. Isso é novo para ela, como também o é a afeição que sente, um tipo de sentimento maternal que destinaria ao filho que nunca teve. Tim também lhe ensina muitas coisas, entre outras a ver o verdadeiro mundo com olhos novos e otimistas. Um idílio em que ambos dão e recebem muito, mas que infelizmente se modifica, como acontece com todos os idílios... Uma história de singela e suave beleza, de inesperados acontecimentos que tanto tocarão os leitores como os surpreenderão.

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