domingo, 31 de março de 2013

DE BAGDÁ COM MUITO AMOR (Jay Kopelman e Melinda Roth)

Embora realmente relate a vinda de um cachorro de Falluja, cidade do Iraque, para os Estados Unidos, a história do animal e do fuzileiro é bastante reduzida dentro do livro, que se dispõe, na realidade, a falar sobre o clima de guerra e a enaltecer a ocupação forçada, pelos americanos, em território Iraquiano.
Quando me decidi pela leitura desse livro específico, eu esperava por alguma coisa semelhante ao filme estrelado por Richard Gere, "Sempre ao seu lado", de 2009, onde o artista na realidade é apenas pano de fundo para a saga do cão Hachiko, um filhote de cachorro da raça akita. Enfim, esperava uma narrativa voltada para a relação homem/cachorro e toda sua gama de emoções, onde a amizade e a fidelidade de um cão fossem relatadas num contexto mais emotivo. O que encontrei foram explicações pouco convincentes para a presença de americanos em solo Iraquiano, além da velha e insuportável megalomania americana e muito pouco do que fui induzida a pensar que encontraria. Não gostei.
SINOPSE: Em De Bagdá, com muito amor, o tenente-coronel Jay Kopelman e a jornalista Melinda Roth contam, através de uma narrativa emocionante que descreve com realismo as insanas condições da guerra no Iraque, a história real da missão de Kopelman para resgatar um cãozinho do país conflagrado Um grupo de fuzileiros entra em uma casa abandonada em Faluja, no Iraque. Ao ouvir um ruído suspeito, os soldados destravam as armas, aproximam-se com cautela e se preparam para abrir fogo. Mas o que encontram durante aquele ataque à ?cidade mais perigosa da Terra? não é um rebelde vingativo, e sim um cachorrinho que ficou para trás depois que a maior parte da população fugiu, para escapar do bombardeio. Apesar dos regulamentos militares que proíbem animais de estimação, os fuzileiros tiram as pulgas do filhote com querosene, eliminam os vermes com fumo de mascar e o alimentam com rações militares. Assim começa a dramática tentativa de resgate de um cão chamado Lava e a história de como o animal salva pelo menos um fuzileiro, o tenente-coronel Jay Kopelman, da devastação emocional causada pela guerra. De Bagdá, com muito amor fala de soldados durões, de correspondentes de guerra e de iraquianos em perigo, contando uma história inesquecível e verdadeira de um bando de improváveis heróis que aprendem com um animalzinho refugiado, sarnento e pulguento, lições inesperadas sobre a vida, a morte, a guerra e, acima de tudo, o amor. Não se trata apenas de um relato comovente sobre o destino de um cachorro, mas da condição humana numa guerra como a do Iraque. De Bagdá, com muito amor tem também o mérito de aproximar as pessoas de um entendimento maior sobre o choque cultural e, principalmente psicológico, que a convivência num ambiente de conflito pode causar ao ser humano. A história foi coberta pela mídia americana, envolveu o Senado, assim como outros órgãos americanos e, entre outras coisas, favoreceu o aumento do número de adoções de animais no ano de 2006 nos EUA. De Bagdá, com muito amor certamente conquistará o coração de todos, apaixonados ou não por animais.

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