O livro fala sobre a prisão politica da Autora. Narrado em primeira
pessoa, nos dá um vislumbre de um governo pautado por arbitrariedades,
mesclado às memórias e reminiscências da autora sobre sua vida no Irã, a
dinâmica de sua familia, a situação dos estudantes no país, os
costumes. Mostra ainda como são julgados os presos políticos e a
abrangência das penas impostas aos condenados por se colocarem contra o
regime político local. No caso da autora, pareceu-me que o tempo passado
na prisão, diferentemente de outras situações, foi pequeno.
Naturalmente, vale ressaltar que estou comparando a outras situações e
não coaduno com sua prisão por sequer um dia. Com relação às torturas
que lhe foram impostas, é nitido o abrandamento em seu caso especifico,
uma vez que ouvi relatos muito mais escabrosos e doentios das torturas
impostas àqueles que se colocam contrários ao regime do governo do país,
mas, para sua idade e a maneira como foi criada muito certamente sua
estadia na prisão jamais será esquecida de todo. Subentende-se, por seu
próprio relato, que o abrandamento a que me refiro se deu por conta de
um ex namorado, ligado ao alto escalão do regime politico do Irã.
SINOPSE: Filha de pais liberais de classe média, Zarah Ghahramani cresceu em um
subúrbio de Teerã e foi criada para acreditar que a educação não era um
privilégio dos homens; por isso foi encorajada a ler ampla e
ambiciosamente. Fascinada por Arash, estudante e ativista político líder
de protestos, Zarah ingressa num movimento político estudantil, mas o
sonho de liberdade logo se transforma em pesadelo – ela é presa e
enviada à penitenciária mais notória de Teerã: Evin. Neste livro, Zarah
Ghahramani conta a história de sua aterrorizante tribulação e descreve
como a dolorosa experiência a transformou em uma mulher corajosa e
determinada. Uma autobiografia poderosa e lindamente escrita sobre a
vida em um regime opressor.
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